Segundo Schiel et al. (2002), o sistema bacia hidrográfica apresenta energia que desencadeia processos intempéricos e sua entrada se faz por meio da precipitação. Os processos erosivos constatados na região fluvial representam a intensidade dessa energia dentro do sistema, que terá como resultado final os sedimentos, que serão carreados, modificados e depositados, num contínuo processo.
O conhecimento qualitativo e quantitativo de sedimentos carreados por um rio é necessário
por diversas razões, entre elas, segundo Carvalho et al. (2000), a avaliação da qualidade da água para abastecimento, estudos de assoreamento em seu curso, na posição de eventuais obras fluviais, análise de degradação da bacia além de diversas outras pesquisas ambientais e de engenharia.
A presença de sedimentos nos cursos d'água é consequência dos processos erosivos ocorridos nas suas bacias de drenagem. O transporte de sedimento pelo canal é o produto final da atuação de uma série de processos que se iniciam com a precipitação que cai sobre a bacia e ao longo de seu caminho. Segundo Prates e Rocha (2012), o que vai determinar e caracterizar o transporte de sedimentos realizado pela água é a relação entre a capacidade de carregamento do escoamento e a força necessária para deslocar as partículas sólidas disponíveis em seu curso.
Assista o filme abaixo para compreender melhor o processo de sedimentação. É um filme curto (28min), bastante didático, explicando os processos de erosão, transporte e deposição nos rios. Os tipos de transporte sedimentar (carga dissolvida, suspensa e de leito) são mostrados e comentados de modo bastante compreensível, acompanhados de imagens e gráficos. Além de mostrar os problemas oriundos das construções de diques e barragens também são tratados. O rio Mississipi é abordado, enfocando um trecho do rio no qual os processos de deposição estão atrapalhando o transporte fluvial, com aumento gradativo do leito. Soluções para o problema são mostradas e comentadas.
"Earth Revealed: Erosão e Deposição (Geomorfologia Fluvial)"
Referências:
CARVALHO, N. O.; FILIZOLA, N.P.; SANTOS, P.C.M.; LIMA, J.E.F.W. Guia de práticas
sedimentométricas. Brasília. ANEEL. 2000. 154p
PRATES, Renata Pereira; ROCHA, Paulo Cesar. Variabilidade hidrossedimentologicas nos canais secundarios da planície fluvial do alto rio parana. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, v. 7, n. 2, 2012
SCHIEL, Dietrich et al. O estudo de bacias hidrográficas: uma estratégia para educação
ambiental. RIMa, 2002.
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