O canal fluvial, segundo
Selley (1985) é caracterizado por correntes variáveis com energia
variando de alta a baixa e transporte de sedimentos por suspensão,
saltação e rolamento nos leitos dos canais com presença de
cascalho, areia e lama, com variáveis graus de arredondamento e
seleção dos grãos, podendo observar estratificação cruzada e
gradacional, marcas de correntes, imbricamentos e estruturas de
barreiras de clastos.
Segundo Suguio (2003) as
propriedades texturais - granulométricas e composicionais dos sedimentos
fluviais - dependem das condições climáticas, da intensidade de tectonismo, dos
tipos de detritos supridos ao canal e da topografia e condicionam o volume de
material suprido da área-fonte e os locais de transporte e sedimentação.
Diagrama Representativo da Influência da Velocidade e tamanho das particulas não Momento de sedimentação e tranporte. Fonte: www.cientic.com |
De acordo com Suguio (2003), os sedimentos fluviais podem ser divididos em dois grupos
principais: (a) carga de fundo, que é o material que é transportado por arrastamento ou saltação, em contato frequente com o leito, e (b) carga em suspensão, que é a carga mais leve, que se mantem em constante flutuação na água, sem contato com o leito. O mesmo autor também declara que “as propriedades texturais, principalmente as granulométricas e as composicionais dos sedimentos fluviais dependem das condições climáticas, da intensidade de tectonismo e dos tipos de detritos supridos ao canal”, e “o volume de material suprido está condicionado à topografia do terreno e às condições climáticas da área-fonte e dos locais de transporte e sedimentação”.
O vídeo exemplifica como ocorre este processo.
"Transportes de sedimentos num rio"
As leis da hidrodinâmica comandam
o transporte e deposição de sedimentos fluviais, e nesse âmbito, para se avaliar
o trabalho realizado por um rio, deve-se determinar a sua energia. Um método interessante
e eficaz, denominado Índice de Hack, foi criado por John T. Hack em 1973, com o
objetivo de avaliar o vigor energético da rede de drenagem da bacia
hidrográfica e definir áreas de anomalia que possam ser alvo de estudos geológicos,
principalmente sobre a deposição de sedimentos (SALLES, 2010).
Referências
SALLES, M. M. O uso do SIG na análise morfométrica
da bacia hidrográfica do rio São João (MG). Monografia (Especialização em Geoprocessamento).
Programa de Pós-Graduação do Departamento de Cartografia da Universidade
Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2010.
SELLEY, R. C.
1985. Ancient Sedimentary Environment. 3ª ed. London: Chapman and Hall Ltd. 317p.
SUGUIO, Kenitiro. Ambiente de sedimentação e fácies
sedimentares. Geologia sedimentar. Ed. Blucher. São Paulo, 2003. p 205-208. 400
p.
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